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O impacto do primeiro contato

  • Foto do escritor: Institutho Dy Crescere Personas
    Institutho Dy Crescere Personas
  • 30 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

Por Renato Morandi


O primeiro contato em qualquer atividade profissional deixa um impacto único. Tanto que a sabedoria popular determina que “a primeira impressão é a que fica!".


Eric Berne, psiquiatra canadense criador da Análise Transacional, define encontro como uma sucessão de contatos, onde cada vez que se está presente junto a outra pessoa consideramos que um encontro acontece.


Rosemary Napper, educadora inglesa, defende que cada encontro, mais especificamente um encontro de Coaching, pode ser representado por uma imagem, uma música ou até mesmo um filme. Esta metáfora nos convida a refletir sobre a dinâmica da relação que se estabelece nos primeiros minutos de cada contato.


A Neurociência diz que temos uma capacidade de, em poucos minutos, perceber padrões que dirigem de forma inconsciente ou não consciente como agiremos a seguir.

Já Leonardo Wolk, psicólogo argentino e especialista em Coaching Executivo, fala que uma função primordial do Coach é proporcionar ao cliente oportunidades para que ele crie "distinções". E ao fazer diferenciações, ele amplia sua capacidade de observar a situação para, então, poder agir de forma diferente. Como consequência, poderá obterá um resultado diferente.


Unindo estes conceitos com teoria e prática criadas por Paul Ware a respeito de Portas de Contato – Pensar, Sentir, Fazer, Não Fazer - apresento uma reflexão sobre os primeiros momentos com uma pessoa de uma forma metafórica. Esta é uma estória chamada UMA CASA MUITO ESPECIAL:


Existe um tipo de pessoa que tem uma casa muito particular: é uma casa planejada para ser prática e funcional. Ela surpreende nos detalhes úteis e necessários para o dia-a-dia de forma que recebe muitas exclamações do tipo: "Nossa você pensou em tudo!". Esse tipo de elogio sempre lhe é bem-vindo. Na sua porta tem uma placa onde diz "lar dos sonhos", e sua campainha tem um tom alto e eficaz para informar que existem pessoas na porta. Uma vez aberta a porta, o dono desta casa poderá discorrer com você sobre planos, pensamentos, ideias e sonhos que possui. Qualquer assunto será bem-vindo e existirá, com frequência, um pensamento sobre ele.

Se a conversa evoluir mais tempo nestes temas, então ele lhe convidará para entrar e sentar na sala. Lá existirá um ambiente agradável e muito propício para deixar as emoções fluírem. Então, a conversa rumará para os sentimentos que possui a respeito do que pensa. Neste momento, a proximidade pode lhe convidar a tecer comentários sobre como ele se comportou ou como deverá se comportar em uma determinada situação. Afinal, a conversa já está animada e presume-se que exista espaço para isso. Grande engano! Esse tipo de assunto está reservado para o quarto de dormir, onde você não foi sequer convidado a conhecer. Neste momento, você poderá ter sua visita abreviada ou até mesmo ser expulso para fora da casa.

Não entenda isso como grosseria de seu anfitrião ou como resistência a enxergar o que você vê. Entenda como uma invasão sua em uma parte muito íntima da casa, que pode ser interpretada por seu anfitrião como falta de respeito.


Você possui ou conhece alguém que tenha uma casa como esta?


Nesta “Casa Especial” você só entra se perceber nos primeiros minutos como agir e depois que entrar, for sensível aos temas permitidos.


A “Casa Pensar” não é uma casa melhor ou pior que as outras três - Sentir, Fazer, Não Fazer. É uma casa distinta, onde agora que você a conhece, poderá observar e encontrar formas de lidar com seu dono.


Experimente tomar uma ação em suas relações com os donos desta “Casa Especial”!

 
 
 

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